Diante de tanta chuva, ficou difícil explicar qual modalidade estava sendo disputada no Pacaembu, se era natação, polo aquático ou se de fato seria o tão esperado jogo entre Corinthians e Portuguesa.A partida que teve início às 5 horas da tarde corria de forma tranquila, as duas equipes buscando o resultado, sendo o alvinegro bem mais efetivo no ataque, já que analisando a formação lusitana, ficou claro que a Portuguesa viria ao jogo com o intuito de explorar os contra-ataques,já que tinha um esquema com 3 zagueiros e um meio campo repleto de jogadores ,sendo Christian o único atacante.
Porém esse clima sereno que tomava conta da partida , no segundo tempo viria a mudar por conta do dilúvio que inundava os arredores do estádio Paulo Machado de Carvalho e de São Paulo.
Diante da grande quantidade de água que caía, o juiz ficou meio temeroso ao reiniciar a partida, mas mesmo assim deixou a bola ''rolar'' no segundo tempo.E com menos de 4 minutos de jogo na segunda etapa,paralizou o clássico temporariamente o que deixou evidente que a decisão do juíz Flávio Rodrigues Guerra estava um tanto quanto precipitada.
Com a paralização, que levou a arbitragem e os jogadores à se dirigirem ao vestiário e o anúncio do sistema de alto-falantes do Pacaembu, que informara que a partida seria cancelada, a grande maioria dos torcedores deixou o estádio ,muitos enfurecidos já que pagaram caro pelo ingresso e difícilmente vão reaver esse dinheiro, além de não assistirem todo o espetáculo.Enquanto isso no vestíario ocorria a maior confusão, já que enquanto os dirigentes de Corinthians e Portuguesa discutiam em busca de respostas e de soluções, a imprensa ficava de um lado para o outro sem saber com quem falar, os árbitros trancafiados em seu vestiário , entrando em contato com seus superiores, ou seja o presidente da federação para saber o que fazer, e os jogadores que a essa altura já estavam de banho tomado, todos eles sobre uma agúa de quase 40 centímetros de altura em suas canelas.
Perante esse quadro,o jogo que já estava a mais de meia hora interrompido, estava por um fio de ser cancelado, quando surgiu a questão da segurança.Pois já que o jogo seria transferido para amanhã às 3 horas da tarde , e às 5 Palmeiras e Santos se enfrentam no Palestra Itália seria um risco , deixar torcidas rivais tão perto uma da outra, visando que muitos se locomovem aos estádios por meio de transporte público e são neles que poderiam ocorrer possíveis desentendimentos entre torcedores rivais, em ônibus, metrôs e trêns.
E depois de uma hora e vinte e seis minutos de bola parada, a bola enfim começou a rolar novamente ,e com portões abertos.Mesmo com a má condição do gramado, ambos os times demonstraram muita raça e vontade, o que aos 30 minutos resultou o primeiro gol do jogo,anotado pelo único centroavante da lusa, pouco depois com a expulsão de Ediglê a Portuguesa viria a ficar mais vunerável e 4 minutos depois Otácilo Neto empataria o clássico.
A posição do árbitro no meu modo de ver, foi correta,já que a partida deveria ocorrer hoje mesmo, diante do calendário lotado das equipes e da segurança dos torcedores que vão para o estádio apenas para apreciar o jogo.
foto:globoesporte.com
Brunno Minelli
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